Fim da escala de 6×1 deve ser pauta comum entre toda a classe trabalhadora!
A recente proposta formalizada pela deputada Erika Hilton, que antes disso ganhou palco nas redes sociais por meio do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), é uma das provas de que a classe trabalhadora, quando unida, tem voz suficiente para mudar a sua realidade. A proposta elaborada pela deputada defende a extinção da jornada de seis dias de trabalho semanais, onde sobra apenas um dia de descanso para a trabalhadora ou trabalhador. Ainda na proposta, sugere-se o estudo da implantação da escala de 4 dias de trabalho semanais e 3 dias de descanso. A propositura precisava de 171 assinaturas de deputados para iniciar a tramitação no Congresso. Hoje (13), a proposta bateu a marca de 194 e torna-se apta para as discussões no plenário.
A Petição Pública criada pelo movimento VAT já passa de 2,7 milhões de assinaturas. Na justificativa da petição, os organizadores ressaltam que “é possível alcançar um equilíbrio entre vida profissional e pessoal no Brasil. Esperamos que nossas preocupações sejam levadas a sério e que medidas concretas sejam adotadas para criar um ambiente de trabalho mais humano e justo”.
O Sintrapp, como defensor das trabalhadoras e trabalhadores, compartilha do mesmo posicionamento da autora do projeto e dos que encabeçam o movimento. A jornada é exaustiva, gera adoecimento e impede que os trabalhadores tenham tempo para atividades de lazer e formação, o que poderia trazer melhores empregos e com escalas mais adequadas. O ponto é que apenas um dia para descanso faz com que a classe trabalhadora esteja refém do seu emprego, sem tempo para cuidar da saúde, das relações familiares, dos afazeres da casa e de estudar.
A escala de 6×1 reflete e perpetua a lógica do pensamento capitalista sobre as vidas da classe trabalhadora. Ao empregado, é disponibilizado apenas o tempo necessário para manter-se vivo e funcional para desempenhar suas atividades. A intensa jornada é uma das culpadas pelo adoecimento físico e mental das trabalhadoras e trabalhadores submetidos a ela.
Em Presidente Prudente, movimentos sociais que são favoráveis à sugestão da PEC organizam-se para uma ação na próxima quinta-feira (14), às 18h, no Calçadão, com o objetivo de dar ainda mais visibilidade à luta e também angariar mais apoio da classe trabalhadora.