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20 de novembro: no Dia da Consciência Negra, Sintrapp enfatiza a importância de ser antirracista

Um país de maioria negra. Conforme dados atualizados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 56% da população brasileira se autodeclara como preta ou parda. Porém, apesar de representarem a maioria do povo brasileiro, as pessoas negras são as que mais aparecem em indicadores que merecem atenção de todas e todos. Pessoas negras sofrem com a discriminação e com as dificuldades que o racismo impõe, de forma estrutural, em suas vidas.

Conforme dados divulgados no Atlas da Violência, em 2019, 77% das vítimas de homicídio eram pessoas negras. Considerando os feminicídios, 66% dos casos vitimaram mulheres negras. Com relação ao acesso ao ensino superior, em 2019, cerca de 38,15% dos matriculados nos cursos de faculdades eram pessoas negras.

Os índices acima citados revelam mais do que apenas porcentagens entre brancos e negros. Os números explicitam que carregar a herança negra, demonstrada na pele, é enfrentar a vida de uma forma diferente daquela que é vivida por quem é branco. A vida da pessoa negra é carregada de desafios que são impostos pelo racismo. São comentários sobre a cor da pele, piadas sobre o cabelo, discriminação velada e termos imbuídos de significados racistas.

Por conta desta realidade, é urgente a necessidade de se agir diante de situações de racismo. Cabe lembrar que existe legislação específica para punir todo tipo de discriminação ou preconceito, o que inclui o racismo: a Lei 7.716/89. Além disso, é necessário que políticas afirmativas em prol da equidade racial, como a Lei de Cotas.

É necesário que todas e todos estejam atentos e na luta contra o racismo, que não é apenas das pessoas negras. Toda sociedade deve estar engajada no objetivo de eliminar qualquer tipo de discriminação.

É necessário ser antirracista todos os dias!


o TSE lançou a cartilha “Expressões Racistas: por que evitá-las?” O objetivo do material é promover a mudança de hábitos e comportamentos para que tais expressões sejam excluídas do nosso vocabulário. No material, estão citadas expressões como “crioulo”, “denegrir” e “mercado negro”. Confira abaixo.

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