Servidores aceitam reajuste proposto com indignação

Na noite do dia 12, reunidos em assembleia na sede do SINTRAPP, os servidores municipais de Presidente Prudente aceitaram a proposta de reajuste feita pela administração, fixada em 2,95%. Depois de mais uma hora de conversas, os trabalhadores presentes tiveram tal decisão contando com o compromisso, assumido via ofício da administração em iniciar os estudos relativos ao Plano de Cargos, Carreira e Salários para toda a categoria. “A implantação do Plano de Cargos é uma reivindicação antiga de todos os servidores (as). Os estudos para que tal sonho se torne realidade devem começar o mais cedo possível”, comenta Luciana Telles, presidenta do SINTRAPP.
Também foi decidido que será cobrada da administração, via ofício, a revogação do decreto nº 28.645/2018, que suspendeu o pagamento da venda dos 10 dias de férias e de parte da licença prêmio. Além disto, diante da possibilidade do primeiro passo para a implantação do Plano de Cargos, o sindicato, junto dos servidores, também reivindicará aumento do abono de R$200, que surgiu de maneira paliativa ao corte do vale-alimentação dos inativos. A assembleia aceitou o valor do reajuste com grande indignação e levando em consideração que a administração alegou a necessidade de controlar os gastos com a folha de pagamento dos servidores em várias negociações, explicando sobre o apontamento que o tribunal de contas fez quanto aos gastos da prefeitura. Desta forma, o SINTRAPP acredita que o corte de gastos não deve ser feito à custa de prejuízos aos trabalhadores que fazem com que as políticas públicas cheguem até a população com qualidade, dedicação e respeito.
Logo após a realização da assembleia, parte dos presentes se dirigiu à câmara municipal, onde foi votado o projeto de lei que altera o valor das remunerações já com o reajuste de 2,95%. Em uma conversa com os vereadores, os representantes do sindicato expuseram a decisão da assembleia e reforçaram a insatisfação dos servidores e servidoras. Na ocasião, os vereadores apresentaram uma emenda ao orçamento público que prevê, para 2018, reserva de recursos financeiros para a implantação de tal Plano. Na prática, isto dá mais estabilidade e segurança para que a reivindicação seja atendida.